Leite branco, mar azul.

Oi, meus queridos!!!

Hoje imaginei que não teria acesso á internet, já que o sinal aqui é ruim. (Litoral, praia deserta pelo frio e chuva... e o sinal, varia conforme os ventos.

Eu precisava ficr longe um pouco dos "holofotes", mas quis passar aqui para dizer algumas coisas pra vocês.

O mundo da lactofilia não é fácil para nós mulheres, principalmente as que procuram por uma relação sólida, e desde que me tornei adepta fiquei mais sensível em relação aos parceiros. Sou chata, briguenta, dou bronca, puxo a orelha de vocês quando passam do limite, mas de fato sou uma pessoa que realmente acolhe a todos com carinho com as palavras do blog.

Hoje, nesse refúgio, tenho pensado muito em mim e em alguns acontecimentos recentes, tentando entender alguns enigmas, prever os próximos passos e infelizmente admitir que me preciptei em algumas coisas, por isso, fugindo de um esforço maior pra que algo dê certo, porque acho que não dará, ou por medo de sair da minha zona de conforto e me arriscar, quem sabe.

Tenho tanto medo de me apaixonar perdidamente por alguém que tenho preferido me "relacionar" com pessoas que morem longe, porque acho que assim não terei tempo nem paciência para me apegar, sair todos os dias, me acostumar com a  presença. A pessoa morando longe continuará longe se algo não der certo, é como se não tivesse existido a relação, entende. Mas eu estava errada e só percebi isso ontem, essa noite, quando as palavras foram escorregadias demais. O que eu perdi? Nada. Um futuro incerto, e uma nova página pra escrever aqui, no blog. 

E eu tenho ganho alguns ótimos amigos, de várias culturas, línguas dentro e fora do país, ganhei de Acarajé a queijos de Minas. E eu agradeço tão fortemente por todo esse carinho comigo, a Cris. E confesso que me sinto mais ligada ao meu lado de Cris ( o que eu não queria admitir) do que o meu outro lado que pouquíssimos aqui conhecem. 

E eu gostaria de dizer algo a vocês, não tenham medo de se aapixonarem, se percam, deixem outra pessoa reencontra-los. Dê colo, ganhe colo. Entregue a alma e o coração. A vida é curta... a gente perde tempo, por medo. Perde oportunidades, perde quem sabe, a vida. 

Dizia um filme que não lembro qual, que quem vive com medo, vive pela metade. Hoje me vejo vivendo essa metade. 

Acho que a tranquilidade que o mar me passa é a de pensar melhor, de mostrar o caminho que o caos não deixam. Não sei o que virá amanhã, se os medos continuarão, se a vida vai ser a mesma, se algo vai me surpreender... se alguém me supreenderá. Ou se eu irei surpreender. Quem sabe. 

Não se acomodem, não se excluam. A vida é curta, eu já disse. A idade chega, pesa, e nos faz lembrar de quantas oportunidades perdemos, de quantas pessoas deixamos escapar. Você merece ser feliz, nós merecemos.

No mundo da lactofilia, vale tudo, sexo, amamentação. Mas pra mim... confesso que o medo maior vem daí... acho que todas as mulheres irão se identificar com o que direi. Não sei quando a pessoa está comigo pelos seios, ou pela minha pessoa. Sei que o interesse pelos seios é grande da parte dos meninos, isso é inegável. O primeiro contato é sempre por esse motivo. Poucos dos que já conversei souberam conduzir um papo sem mencionar a lactofilia. E a quantidade de convites que me chegam...

Gente, eu não sou musa... não sou isso tudo que imaginam. Sou uma mulher como outra, com defeitos e qualidades, tenho meus medos, sonhos, manias... e não vejo porque me tratarem como MUSA. O mistério sobre minha identidade pode ser um grande fascínio na cabeça de vocês, mas acreditem... não criem expectativas sobre minha pessoa, rs.

Para quem não sabe, apesar de ser dona do blog sobre o tema, sou bem tímida, uma romântica incurável, sonhadora as vezes, mas tenho estado com os pés no chão, travada, um bloqueio gigante pra me relacionar... e conclui que preciso realmente de ajuda nisso, que quem estiver comigo me ajude a me abrir novamente, me dar segurança. Para quem acompanha o meu blog a mais tempo sabe o quanto já sofri nesse mundo da lactofilia e hoje tenho dado preferência para relacionamentos fora dele por conta disso. Por isso tenho fugido, me afastado. Encarei novos desafios no campo profissional, me ocupando o máximo.

Mas meu apelo hoje, é para vocês serem felizes, aceitos em seus conceitos. Jamais se achem ridículos, anormais. Vocês, nós, somos pessoas com amor demais pra dar e receber... simples.

Beijos da Cris